terça-feira, 17 de abril de 2012

O hexaedro

Mentalize um cubo de vidro. Grande e vistoso. Por cada face temos um portinhola redonda e pequena. Do lado de fora, é possível observar um movimentação lenta, uma sensação de estabilidade devido ao confinamento. Lá dentro, tudo é muito maleável porém fronteiras definidas. Seguem o princípio impenetrabilidade, cada um ocupa no seu espaço.

São impenetráveis perante a física, não aos olhos. Trocando de face, podemos ver que os mais transparentes possibilita enxergar o de trás. Vistos de frente por aquele momento, são como se enquadrassem. Impenetrabilidade uma Ova! Mas como eu disse é tudo em uma movimentação lenta. De dentro pra fora, todas as faces veem a mesma cor. Cor de carne!


Essas portinholas algumas vezes abrem e traz uma dinâmica para esse cubo hermético. Dizem que a portinhola de cima quando abre é sinal de que algo vai entrar, o mesmo vale pra debaixo, só que ao contrário. E quando as duas se abrem ao mesmo tempo, tudo o que se sabe é que esperam que o que for sair seja maior do que o que for entrar, daí sobra mais. As portinholas laterais quase não se abrem.

Reza a lenda que quando somente a face inferior é aberta, não é bom sinal. Será muito espaço. E nesse espaço, os que ficaram se confundem. Alguns nem ligam, mas é inevitável, serão empurrados. De fora parece um carnaval. Dentro uma incerteza Um regime transiente.

Essa é a dificuldade do desapego!

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